Em tempos conturbados, surge uma área até então pouco conhecida pelos brasileiros, a área de “compliance”, ou conformidade. “Ela entra em cena como um agente essencial na vida de uma empresa, se destacando após o início das investigações anticorrupção”, diz Luiz Fernando Godoy, um dos fundadores da Equipo Gestão e consultor desde 1990.
Com objetivos natos de investigações internas, prevenção à fraude e aderência à governança corporativa da organização: podemos afirmar que o “compliance” de uma empresa deveria também analisar os fornecedores de sua organização. “As responsabilidades solidárias e subsidiárias estão em moda, e nada como evitar uma desagradável surpresa ao descobrir um parceiro envolvido em casos de escândalos, ou mesmo interferindo desastrosamente em sua operação”, diz Godoy.
Segundo Godoy, é essencial garantir que seu parceiro cumpra com suas obrigações legais (fiscais e previdenciárias) de acordo com as leis vigentes. Os órgãos governamentais emitem certificados periódicos de regularidade fiscal e tributária, eles devem ser analisados, não só evitando passivos financeiros por responsabilidade, mas também pela análise de riscos de sua operação.
“Um parceiro com cadastro antigo e desatualizado e não monitorado pode estar comprometido financeiramente e acarretar baixa de qualidade de seus entregáveis até a interrupção repentina de fornecimento”, comenta.
O fundador da Equipo Gestão também sugere solicitar uma declaração de compromisso, e verificar sempre que possível, se seu parceiro: respeita as leis sobre trabalho escravo e trabalho infantil; proporciona um ambiente de trabalho seguro e saudável; respeita o direito de todos os funcionários de formar ou associar-se a sindicatos; reprima qualquer atitude de discriminação por raça, classe social, nacionalidade, religião, deficiência, sexo, idade, orientação sexual, associação sindical ou política.