O tempo passou e as pessoas, mercados e empresas mudaram. O mundo mudou e a tendência é de que isso ocorra com mais frequência e cada vez mais rápido. No entanto, não foram apenas as comodidades (como o surgimento do “what´sapp”, redes sociais, etc) que evoluíram, mas também, os inúmeros desafios para lidar com as crises, concorrências, clientes em uma escalada de padrões de exigências e, principalmente, os desafios internos da própria organização “gerir os conflitos, estabelecer unicidade,entre outros.. Isso sem abordar outros pontos que requerem um “mindset” de alta performance, diferenciado, por parte das empresas e seus colaboradores.
Por isso, já não se trata mais sobre atingir o alvo, mas atingir a mosca. E como fazemos isso? Temos que ter informações bastante relevantes sobre cada uma das regiões de atuação, seu potencial, “market share” que ocupamos, a carteira de clientes existentes, qual é o potencial e “life time value” de cada um desses clientes e assim ampliar a oportunidade de gestão com um “mindset” diferenciado do que é comum.
Porém, todos sabemos o quanto é difícil gerir toda essa mudança de “mindset”. Estamos habituados ao velho, simplesmente porque funcionou bem por muitos anos.
Entretanto, para sua empresa, sua gestão ou mesmo para você sobreviver em seu cargo, essa mudança é inadiável e irrefutável.
Contudo, os desafios de gerir todas essas mudanças de “mindset” levaram muitas pessoas ao fracasso, corroborando para a ideia errônea de que “mindset” é modismo. Há uma estimativa cabalística de que apenas 25% das tentativas de mudança de “mindset” (seja para seu estilo de gestão ou para qualquer outra área de sua vida sejam bem-sucedidas.
Certamente você já escutou histórias sobre tentativas de mudanças que falharam (por exemplo, aquela velha máxima de: “segunda-feira eu começo a dieta” entre tantas outras) e provavelmente se questionou sobre qual seria o motivo de tantas falhas.
Há um ponto crítico que muitos ignoram ou não dão a atenção devida quando partem para a jornada da mudança. Qualquer mudança, independentemente de ser de “mindset” ou que envolva algum outro projeto, é preciso que exista uma convicção de que essa mudança é necessária. Sem isso, seu “mindset”, ou seja, seu mapa mental, não atua em conjunto com seus objetivos e isso ocasiona uma auto sabotagem que te levará ao fracasso.
Pode não parecer, mas “comprar” a necessidade da mudança e, com isso, alterar seu “mindset” é algo tão profundo que equipes e organizações inteiras podem ficar presas em suas mentalidades quanto as práticas e processos (que funcionavam e não funcionam tão bem quanto antes) e falhar na tentativa de mudança simplesmente porque não houve a “compra” dessa mudança.
Quando você, a equipe, a organização “internaliza” essa necessidade, ela se torna um agente auto-reforçador. Não há questionamentos quanto ao “mindset”, qualquer outra visão é ignorada e, então a mudança se torna realidade.
Isso explica porque é tão difícil superar o pensamento em grupo e mudar as organizações por dentro. Outro ponto que expõe essa dificuldade e o motivo de tantos fracassos é que o “mindset”, isto é, seu modelo mental, se não se encaixar com os objetivos propostos para as mudanças, tudo o que for proposto será rejeitado.
Por isso, “comprar” essa necessidade e os objetivos propostos para a mudança de “mindset” é tão importante.
Certamente lidar com tantas variáveis uma vez que sua equipe, sua organização, pode ter tantas pessoas com diferentes tipos de “mindset” é capaz que acarrete em uma série de dificuldades para que seja desenvolvida uma coerência que elas possam aceitar e se engajar.
Mudar sempre é difícil e exige um grande esforço para que as pessoas saiam da zona de conforto, mas a maioria das organizações acabam por dificultar ainda mais uma vez que tentam implantar essas mudanças sem a contratação / ministração de um treinamento prévio para suas equipes, o que as tornariam mais suscetíveis a aceitação das mudanças, rompendo as barreiras mentais existentes.
Seja como for, a necessidade contínua de mudança e adaptação é uma realidade e um caminho sem volta. Por conta da evolução tecnológica que impacta fortemente em nossos mercados, estruturas organizacionais e nossa vida pessoal, essa necessidade se tornará cada vez mais exigente e demandará que tais adaptações ocorram de forma rápida.
Ou seja, é preciso que quebremos os mitos empresariais que permeiam em nosso “mindset”, dia após dia, em todos os escritórios e empresas, atrapalhando as equipes e impedindo a obtenção de resultados. Será que você se identifica com algum deles?
Mito do bombeiro
O bombeiro é aquele profissional nada organizado. Ele não planeja nada, corre de lá para cá, estressado e trabalha feito um maluco. Está sempre exausto, quase à beira de um infarto. Se alguém lhe pergunta: “O que você está fazendo?”, indignado e desesperado, ele nem responde, de tanto trabalho que tem pela frente — trabalho esse que nunca termina. Está sempre cansado, claro, pois não planeja nem se prepara e, depois de um dia de trabalho estafante, tem a sensação de ter trabalhado demais sem atingir resultados. E não vai atingir mesmo, porque pode-se trabalhar muito, mas é preciso trabalhar bem e direito, com planejamento e organização. É preciso, no mínimo, que o profissional saiba o que está fazendo e para quê. E o bombeiro está sempre ocupado, trabalhando demais, para pensar nisso…
Mito do doador
O doador é aquele que só consegue trabalhar se tiver algo para dar. Reclama quando não tem nenhum brinde para oferecer aos clientes. Constantemente é visto pedindo: “Chefe! Precisa de mais brinde, assim não dá!”. Mas é claro que dá! Quem disse que uma boa venda só é conquistada se tiver mais ou menos presentes ao consumidor? A venda é relacionamento, confiança mútua, atenção e compreensão com o cliente e com o seu negócio. E já que o doador prefere dar, provavelmente ele não quer misturar venda com relacionamento, certo?
Mito do “Não dá para fazer tudo”
Esse é o profissional que se sente um verdadeiro burro de carga. Não é possível pôr mais trabalho nas costas dele! Como podem pedir mais e mais coisas para uma pessoa só? Frequentemente, ele é visto andando e falando sozinho: “O chefe endoidou, não dá para fazer tudo!” e assim ele só faz o que é possível; o que não deu para fazer, paciência. Afinal, ele pensa: “a empresa que contrate mais funcionários para realizar tantas atividades!”.
Mito do “É melhor não mexer”
Esse, normalmente, é aquele funcionário mais antigo da empresa. Ele não gosta nada da ideia de trazer muita inovação para o trabalho e se justifica, alegando: “É melhor não mexer no que está bom, porque, se mexer, vai feder!”. Na verdade, esse profissional não faz a menor ideia de como, com a sua experiência e a sua idade, vai ter de começar do zero a aprender a manejar uma ferramenta ou equipamento de nova tecnologia. Em prol do bem-estar do seu “mindset”, é claro que é muito melhor a empresa permanecer do jeitinho que está, até acabar como ele: obsoleta.
Mito da mudança sob pressão ou medo
O funcionário começa a reparar que tem gente sendo mandada embora da empresa em que trabalha. Depois disso, começa a pregar em sua equipe que é preciso mudar! Ele fala da necessidade de mudança e de melhorar o trabalho e o empenho! Tudo o que ele diz termina na frase, cheia de empolgação: “Vamos mudar já!”. O problema é que, quando alguém pergunta o porquê, ele não sabe a resposta e se justifica: “Mas, se não mudar, eu estou na rua”.
Mito do “Isso eu já vi”
Esse, geralmente, é aquele profissional bem formado e preparado. Tem MBA, fez ótimas faculdades e cursos no exterior. E, por conta disso, nada para ele é novidade. Tudo ele já viu. Palestras e convenções para ele são pura chatice. No coffee break, ele é a pessoa que encosta no colega e comenta cheio de orgulho: “Isso tudo que foi dito eu já vi”. O problema é que existe uma grande diferença entre ver e fazer. Será que, além de ver, esse profissional já fez tudo? Já colocou tudo o que viu em prática? Se a resposta for negativa, então de nada adianta ter visto tanta coisa.
Mito do “Aqui é diferente”
Avesso a críticas, o profissional do “Aqui é diferente”, não sabe enxergar a necessidade de aprimorar suas técnicas ou tentar novos desafios para atingir mais resultados. Afinal, nenhum conceito jamais se encaixaria na realidade em que ele vive: “Onde eu trabalho não funciona assim, não…”. Uma pena acreditar tão seriamente nisso, já que, se fosse mesmo diferente, seria realmente bom.
Mito do “A chefia é quem pediu”
Extraordinariamente “mole”, esse é o profissional que não assume a liderança. Com medo de dar ordens ou de exigir mudanças da equipe, acaba colocando sempre a culpa nos seus superiores. Normalmente é visto dizendo: “Desculpe ter de pedir isso, mas foi a chefia quem pediu”. E assim ele realiza sua função, rastejando e não contribuindo em nada para o progresso da equipe, pois, afinal, parece não concordar com as ordens que ele mesmo dá. Já vimos que a falta de um bom espírito de liderança é certeza de insucesso.
Mito do “A grama do vizinho é melhor”
É até engraçado como pode um profissional tirar a camisa da sua empresa ou equipe sem o menor ressentimento. Não é muito incomum em uma conversa com amigos esse tipo de profissional dizer: “Lá é uma droga, não tem benefício nenhum, está sempre uma zona, é horrível!”. Por um lado, ele acredita profundamente que, se conseguir emprego na concorrência, vai ter uma condição de trabalho bem melhor. Por outro, o problema é que ele não faz absolutamente nada para que isso aconteça. Esse profissional ajuda a queimar o nome da própria empresa na qual atua. E ela, sem que se perceba, vai precisar cada vez menos de concorrentes externos, pois seus maiores concorrentes estão ali dentro mesmo.
Mito da “Ema”
Esse profissional, definitivamente, não quer saber de se intrometer na vida da equipe. Para ele, é cada um por si. Pode ser visto cantarolando o bordão: “Ema, ema, ema! Cada um com seus problemas!”. Trata-se de um braço a menos dentro da equipe. Ele, na verdade, é que é o efetivo problema para a empresa. Comprometimento com a equipe é uma das premissas básicas para a realização de atividades em conjunto que visam a atingir o sucesso. Com tantos perfis autodestrutivos dentro da empresa, ela se torna sua própria concorrente. Mas, infelizmente, a discussão ainda não terminou. O que se vê por toda parte são muitas iniciativas e poucas “acabativas”: falta de comprometimento, competição interna, ações de curto prazo, falta de uma cultura de planejamento.
Avaliando os mitos mencionados, não fica difícil apontar com qual deles você se identifica.
Aposto que você pensou em colegas, funcionários ou chefes enquanto lia este artigo. Mas, e você? Com qual dos mitos se identifica?
Pense nisso e atinja um “mindset” de alta performance!
Claudio Tomanini, Prof. da fundação Getulio Vargas e Palestrante ministra workshops, treinamentos e palestras de Mindset onde os participantes saem de sua zona de conforto e vão além.
Maiores informações acesse : Treinamento de Mindset e Palestra de Mindset ou acesse Claudio Tomanini pelo Youtube
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